domingo, 7 de setembro de 2008

Antelóquio à percepção de um ser divino

-----Em todo e dado momento, uma pessoa encontra-se em constantes procuras de elementos que a mantenham em estado de equilíbrio. Longe do avassalador lado negro, que seduz pela indolência e tragédia. Neste início de narração, a nossa personagem, já passou além do portal da redenção, e tudo parece indicar o fim. No entanto, uma força permanece atenta, um factor divino, a quem as regras não obedecem.
-----A jovem Inês procura respirar a dor que a sufoca, pelo terminar da relação que dava sentido à sua vida. Perdida nas lágrimas do discurso que a mantêm enclausurada, recusa-se a ver a luz do dia. Aguarda o destino eleito pela escolha do inefável sofrimento, e não se contemplam razões que contrariem o rumo que ambiguamente é contíguo ao limiar da plenitude. A força que domina o seu espírito livre, procura extasiar-se de atrozes lamentos, violentas investidas de fúria, alusões à morte da mágoa a que chama amor.